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Entrevista: Kelly Baron e Pedro Guedes – Segredos para te tornares Influenciador

O crescimento imparável do consumo de bens motivado pelos Influenciadores é um tema cada vez mais central nas nossas reuniões e de forma tripla, uma vez que recebemos pedidos de:

  1. empresas que procuram a pessoa ideal para representar o seu produto nas redes sociais;
  2. agenciamento por parte de pessoas que já construíram uma base sólida de seguidores e querem aumentar a sua visibilidade para novas marcas e contratos;
  3. gestão de redes sociais para Influenciadores que, ou devido ao elevado volume de trabalho ou por estarem a começar, precisam de apoio na criação de conteúdos (de texto, imagem e vídeo).

Para vos falamos do que é ser um Influencer, quem melhor do que dois dos mais requisitados influenciadores do país?

 

A Kelly e o Pedro

Apesar de dispensarem apresentação, para os mais distraídos: o #powercouple é presença assídua nos programas de televisão e imprensa escrita em Portugal, dando cara e corpo a dezenas de marcas portuguesas e brasileiras, para além das suas próprias empresas, nas redes sociais.

Separados por um oceano e com uma diferença térmica superior a 25 graus, Kelly Baron e Pedro Guedes respondem às perguntas que vocês enviaram, dão dicas para quem está a começar, abordam a questão da autenticidade, entre tantos outros tópicos.

 

As Marcas e a Autenticidade

Up We Go: Devem receber dezenas de convites e propostas de marcas. Como selecionam as marcas com quem trabalham?

Kelly: Acima de tudo, preciso me identificar e acreditar naquilo que eu vou representar. Quando recebo a proposta e não conheço a marca pesquiso e estudo sobre o cliente e analiso se faz sentido aceitar o trabalho.

Pedro: Normalmente temos sorte de trabalhar com marcas com as quais nos identificamos, mas o mercado mudou muito com as redes sociais. Os clientes já nos contactam porque temos a imagem quem eles precisam para publicitarem os seus produtos.

 

Up We Go: Antes da pergunta, um elogio: vocês conseguem tornar o conteúdo que criam para as marcas tão autêntico que nem distinguimos se é conteúdo publicitário ou não. Como o conseguem fazer?

Kelly: O mais importante é se identificar com a marca e dominar o conteúdo, assim torna tudo mais fácil e verdadeiro.

Pedro: Foi como disse, temos a sorte de ter parceiros com quem nos identificamos, então é muito mais orgânico nesse sentido.

Kelly: E as marcas que representamos encaixam mesmo no nosso dia a dia!

 


“O mais importante é se identificar com a marca e dominar o conteúdo”
– Kelly Baron


 

Up We Go: Quando se fala em ser influenciador, por norma, só se menciona a vida de sonho – experimentar produtos antes de todos os outros, receber amostras, criar o próprio horário e viajar… Mas sabemos que nem tudo é assim. Quais são as maiores desvantagens?

Kelly: Muitas vezes não é de primeira que conseguimos captar aquela imagem pretendida, em algumas situações acabamos por não desfrutar do momento em que estamos registando ou fazendo o conteúdo.

Pedro: Pois… Cada vez que recebes um produto tens de ter o máximo de atenção: conhecer o produto, experimentar, ler sobre ele. Quando o mostrares ao público tens de ser o mais sincero possível, mas isso às vezes demora vários takes. [Pedro ri-se muito] Por muito concentrado que estejas e por mais natural que queiras ser, nem sempre é a primeira que consegues demonstrar experiência. É quase como numa telenovela, são precisos uns 3 a 4 takes até acertar com o resultado que pretendemos.

 


“Quando o mostrares ao público tens de ser o mais sincero possível, mas isso às vezes demora vários takes”
– Pedro Guedes


 

Up We Go: Isso é porque realmente se preocupam com as marcas…

Kelly: Sim, muito! Quando estamos a promover um espaço fazemos tudo o que está ao nosso alcance para captar os melhores momentos e para que quem está vendo goste e se identifique e acabamos por não aproveitar, por exemplo, um pôr-do-sol romântico num cenário de sonho.

Pedro: A Maria Gabriela [filha do Pedro] já sabe que quando vamos a um jantar em trabalho, primeiro estão as filmagens e fotos e só depois podemos comer, por muita fome que tenhamos e bom aspeto da comida! São ossos do ofício!

 

Up We Go: Esta é uma das mais interessantes questões que recebemos nas nossas redes sociais – qual a sensação de usarem as redes sociais para influenciar os seguidores a uma vida mais saudável?

Pedro: Vou dar um exemplo: como mentores, nos projetos de fitness, recebemos mensagens de pessoas a agradecerem porque “já conseguem correr com os filhos”, “já se sabem o que sentir autoestima”, “passaram a sentir-se confiantes”. Isto é TOP!

É um sentimento incrível saber que causamos impacto na vida das pessoas! Mas também é uma grande responsabilidade…

Kelly: É mesmo uma grande responsabilidade. Nós fazemos da “vida saudável” uma missão! As redes sociais são um excelente meio para influenciarmos cada vez mais pessoas a fazerem exercício físico, comer bem e serem felizes… Ser saudável não é só bom por motivos estéticos ou na nossa geração – é muito importante para a qualidade de vida de TODOS a longo prazo!

 

Duas perguntas com respostas de perspetivas muito diferentes

Up We Go: Existe alguma marca que ainda não representam e que gostariam? Podemos saber qual?

Kelly: Uma marca de desporto que sou apaixonada, a Nike!

Pedro: Para já temos tido muita sorte nesse sentido! Apesar de que uma companhia aérea seria sempre uma ótima oportunidade para fazer uma parceria de sonho…

 

Up We Go: E o inverso, há algum tipo de marcas com as quais recusariam trabalhar? Porquê?

Kelly: Nunca me aconteceu, mas talvez alguma marca que preze o inverso daquilo que eu sigo, sendo adepta de um estilo de vida saudável.

Pedro: Já aconteceu ter de trabalhar com uma marca e não me identificar em quase nenhum sentido, mas tive de me adaptar e ser o mais profissional possível.

 

A Gestão e as Ferramentas

Up We Go: Ambos conciliam carreiras de modelo, tv host, influenciador e têm próprias marcas. Como é que conseguem conjugar tudo?  

Kelly: Quando fazemos com amor, tudo fica mais fácil de conciliar. As redes sociais são uma ferramenta que toma muito tempo, exige muita dedicação e cuidado como influenciador. Trabalhar com as próprias marcas depende ainda mais de nós. É uma questão de foco.

Pedro: Bem, podemos dizer que é multitasking ao mais alto nível! Na vida é preciso ter muita ética de trabalho e dedicação. Quando temos a sorte de fazer o que gostamos, o esforço é recompensado pela própria vontade de produzir algo em que acreditamos.

 

Up We Go: Ser um Influencer não é um trabalho das 9 às 5. É um trabalho 24h/7dias porque vocês são a vossa própria marca. Como é organizam este vosso trabalho?  

Kelly: Eu tenho 3 agendas e muitos cadernos para organizar os meus projetos! Há propostas que exigem semanas de antecedência só em preparação. Se ao longo do dia surgem ideias eu vou anotando tudo – esta é uma das principais dicas, assim nada fica esquecido!

Pedro: Sim, realmente é 24/7 no sentido em que temos de estar constantemente a produzir e a gerar conteúdos que se encaixem em nós enquanto pessoas, façam sentido para as marcas e sejam interessantes para os seguidores. O mais difícil é ser o mais orgânico possível e tentar não ser repetitivo para que os nossos seguidores sintam sempre o desejo de ver novidades que vão surgindo a cada novo projeto ou momento das nossas vidas.

 


“Temos de estar constantemente a produzir e a gerar conteúdos que se encaixem em nós enquanto pessoas, façam sentido para as marcas e sejam interessantes para os seguidores.”
– Pedro Guedes


 

Quanto a aplicações e ferramentas, quais são as vossas favoritas?

Kelly: Tudo o que sejam aplicações e programas para imagem. Eu adoro o Lightroom!

Pedro: Utilizamos algumas apps, mas mais no sentido lúdico. Claro que em termos de edição de vídeo e fotografia usamos programas profissionais como Adobe Photoshop (imagem), Adobe Premiere (vídeo) e Adobe Lightroom (imagem).

 

Up We Go: Qual o processo de fazerem uma publicação? Por exemplo, escrevem um guião, ensaiam, agendam os posts?

Kelly: Alguns são agendados, de acordo com o que a marca define. Outros são espontâneos e quando achamos que é o momento para postar. No meu caso, escolhe horários e ao final do dia ou almoço. Além disso, não vejo a necessidade de ficar postando fotos que não fazem sentido, por isso são fã dos stories.

Pedro: Quando estamos a representar uma marca muitas vezes o texto já está 90% definido pelo cliente e 10% é a nossa marca pessoal. Em termos pessoais fazemos de maneira muito orgânica, mas tentamos fazer sempre em português porque os nossos seguidores são 90% de Portugal e 10% do Brasil e então não faz grande sentido escrever noutra língua.

 

Uma questão funcional: as marcas com que trabalham revêm o posts antes de o publicarem?

Kelly: Algumas, sim. Outras deixam por nossa conta para que seja o mais genuíno possível. A grande parte dos conteúdos são espontâneos, é a nossa maneira de ser.

Pedro: Há marcas que para rever as imagens antes, mas normalmente aceitam. É mesmo só um procedimento normal de trabalho.

 

Métricas e Análise

As métricas e estatística das vossas redes sociais influenciam as vossas publicações?

Kelly: Sim, muito! Tanto para nós, quanto para as marcas.

Pedro: Sim! Cada vez mais as marcas fazem opções consoante as estatísticas. Como as nossas publicações são orgânicas, ou seja, não pagamos publicidade, é um dado muito importante para a marca.

 

As marcas pedem-vos relatórios antes e depois de trabalharem convosco?

Kelly: Algumas sim. Outras confiam e fecham o trabalho porque gostam da imagem, independente de relatórios ou estatísticas.

Pedro: Sim, sempre.

As Últimas Dicas

Up We Go: Última pergunta e aquilo que todos querem saber: é ou não uma profissão bem remunerada?

Kelly: Os valores oscilam de influencer para influencer. Depende do trabalho que cada um já faz, da exigência do que a marca pretende, e, claro, também depende da marca. Há mesmo muitos fatores que influenciam. Na minha opinião, nem sempre a recompensa monetária é a mais importante: há marcas que nos trazem visibilidade e com elas chegamos a outros segmentos e novos patamares.

Pedro: Podemos dizer que quando a nossa imagem está em alta, o volume de trabalho aumenta, mas os valores que apresentamos são sempre iguais em termos de orçamento.

 


“Nem sempre a recompensa monetária é a mais importante: há marcas que nos trazem visibilidade e com elas chegamos a outros segmentos e novos patamares.”
– Kelly Baron


 

 

Up We Go: Para quem está a começar, quais as principais dicas?

Kelly: É um trabalho que exige muita criatividade para se destacar no meio de tantos outros. É preciso estudar a concorrência e os produtos, pensar na publicação, na edição e conjugar tudo – exige paciência!

Para quem está a começar, pode sempre optar por escolher uma agência que ajude a criar o estilo e a estratégia.

Só depois de muito trabalho, físico e mental, há recompensa.

Pedro: Ter um parceiro que já conheça o mercado é uma grande ajuda para quem está a começar, sobretudo no estilo, nos textos e no design.

Este é um emprego diferente de muitos outros porque não costumamos ter um ordenado fixo, é preciso ser ponderado e saber gerir as poupanças. Para mim, o mais importante é adorar o que faço e encaixar na minha filosofia e estilo de vida.

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2 Comments

  1. Filipa Ramos

    Boas dicas e bom artigo!

    1. Up We Go

      Obrigado, Filipa! O mérito é todo da Kelly e do Pedro que nos deram dicas muito úteis!

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